Bom Dia, Verônica: foi uma boa ideia continuar a série sem um livro para se inspirar?

🔴 Contém spoilers da primeira temporada 🔴

Criada por Raphael Montes e Ilana Casoy, a segunda temporada de Bom dia, Verônica retoma a história apresentada na primeira temporada, porém, de uma forma mais “Game of Thrones”. Isso porque a cada episódio há uma morte significante para Verônica e em certos momentos é possível se questionar se ao final da temporada irá sobrar alguém relevante para a terceira e última temporada.

Outro ponto é que desta vez a produção não se inspirou em uma obra literária, como aconteceu na temporada anterior. Será que o resultado foi satisfatório para o público?

Contexto da segunda temporada

Verônica (Tainá Müller) está de volta com mais sangue nos olhos. A sua intenção é descobrir quem é a cabeça por trás de toda a Máfia que comandava o Orfanato Cosme e Damião e que agora comanda um novo Orfanato, responsável por treinar e inserir jovens corruptos em lugares de poder, sob a falsa promessa de uma vida melhor. Enquanto tenta descobrir quem está no comando, um rastro de sangue se extende por onde Verônica percorre, e a cada passo fica mais complicado manter a sua família de fora daquela realidade.

Em paralelo, o telespector conhece a história de Matias Cordeiro (Reynaldo Gianecchini), uma espécie de pastor que diz curar as pessoas com base em sua fé, e das personagens Gisele (Camila Márdila) e Ângela (Klara Castanho). Uma família um tanto peculiar, que não se sabe ao certo qual o problema que os cerca, mas a atuação de Klara Castanho deixa subentendido desde o início que algo de estranho acontece naquela casa, mesmo que nem a personagem dela saiba ao certo “o que”.

Foto: Divulgação

Consegue ser tão boa quanto a primeira?

Apesar de se manter no gênero suspense policial e ter uma pegada violenta ao tratar com propriedade temas sensíveis de uma forma crua e sem rodeios, Bom dia, Verônica não segue a mesma linha pesada da primeira temporada. Mesmo com um desenrolar mais arrastado, a temporada anterior se apega muito mais ao suspense, sem perder o interesse de quem está sentado no sofá. Já a atual temporada é mais dinâmica, muitos fatos surgem e se encerram no mesmo episódio, podendo até ser considerado um roteiro um tanto preguiçoso por não dar as tantas voltas e gerar tanta tensão quanto a primeira temporada.

Inclusive, é possível dizer que faltaram mais momentos de climax, tensões e situações em que as coisas não fossem resolvidas com sucesso, que demorassem mais a ter um desfecho, ao invés de ser simples. Não entendam mal, os desfechos são satisfatórios, mas o telespectador acaba tendo pouco tempo de criar teorias sobre certas situações, porque a resposta já é jogada na tela logo em seguida. E por se tratar de uma série de suspense, a parte de criar teorias é o melhor momento.

Foto: Divulgação

Como qualquer outra produção, Bom dia, Verônica tem seus furos de roteiros, como logo no começo do primeiro episódio que se inicia uma perseguição infundada, pois ninguém sabia da onde tinha vindo o tiro e Verônica decide fugir de moto exatamente na direção onde os carros estão saindo. Só que esses furos não diminuem o quão boa é a série e todos os acontecimentos. Mesmo os que tem soluções rápidas, são bem amarrados e bem fundamentados, não há nenhuma resolução do nada.

Portanto, a segunda temporada de Bom Dia, Verônica é mais linear, sem grandes picos de tensão ou baixas que gerem momentos monótonos. Tem episódios dinâmicos e mantém muito bem o telespectador sempre querendo mais e mais. Diferente da temporada anterior, que se inspirou no livro do autor Raphael Montes para criar a série, o público nesta nova temporada não teve um livro para se basear e comparar ambos os trabalhos. Então, olhando por esse lado, pode-se dizer que a segunda temporada está melhor que a primeira e o resultado foi sim satisfatório.

Nossa nota: ⭐⭐⭐⭐ / Onde assistir: NETFLIX

Assista ao trailer:

Por: Bianca Nunes


Bom Dia, Verônica: Diferenças Entre o Livro e a Série

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Sexo, sangue e dragões: House of the Dragon tem estreia morna, mas entrega o suficiente para o público querer mais

Nossa nota para o 1º episódio: ⭐⭐⭐⭐

Após três anos órfãos, os fãs de Game of Thrones se juntaram em frente a TV, em um domingo à noite, para retornar ao universo criado por George R. R. Martin. A estreia de House of the Dragon ( A Casa do Dragão) apresenta ao público as intrigas da famosa família Targaryen, com um roteiro morno, mas com grandes referências e problemáticas para deixar o gostinho de quero mais.

Baseada no livro Fogo & Sangue, de George R. R. Martin, House of the Dragon é um spin-off do sucesso Game of Thrones. Situada há mais de 200 anos antes dos eventos da série original, a produção narra a história de conquista de terras em Westeros e a união dos sete reinos, mais conhecida como a Dança dos Dragões. Os meio-irmãos Aegon II (Tom Glynn-Carney) e Rhaenyra (Emma D’Arcy) almejam o trono de ferro após a morte do pai Viserys I (Paddy Considine), o que gera uma crescente tensão entre os Targaryen e a pré-disposição de se auto destruírem.

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Foto: Ollie Upton/HBO

O primeiro episódio está repleto de sexo, sangue e alguns dragões (o dragão do Daemon é o mais lindo, ok?!), características marcantes da série original. Novamente o universo de Martin te faz odiar a humanidade, com cenas que exalam agonia e repulsa, reforçando que o mundo não é nada cor de rosa.

A atriz Milly Alcock, como a jovem princesa Rhaenyra Targaryen, e o ator Matt Smith, como controverso Daemon Targaryen, carregam o episódio de estreia e personificam muito bem o que a Casa do Dragão representa. Ambos os personagens podem ser a chave para explicar o final polêmico da série original. Se o roteiro for bem trabalhado, o público conseguirá perceber os motivos de Daenerys ter feito o que fez e o último episódio poderá ser consertado (em partes).

Tanto o figurino, quanto os efeitos especiais estão fiéis ao mundo criado pela série original, inclusive seguindo a mesmo iluminação e paleta de cores. Você sente que ambas as produções são do mesmo universo, o que mostra um excelente trabalho de continuidade e lealdade a produção original.

Pode-se esperar grandes intrigas, mortes e disputas de poder em House of the Dragon. Os dragões são certamente a carta na manga que a série tem para prender o público até o final desta temporada. Resta saber se o enredo será tão belo quanto os monstros de fogo.

Assista ao trailer:

Por: Ana Fernandes


As Musas, de Alex Michaelides, tem potencial, mas se perde ao viver nas sombras de A Paciente Silenciosa

Nossa nota: ⭐⭐⭐⭐

Mariana tem certeza de que o professor Edward Fosca é um assassino cruel, que se esconde por trás de seu carisma e poder dentro da Universidade de Cambridge. A terapeuta de grupo fica completamente obcecada em provar que Fosca matou Tara, a amiga da sobrinha de Mariana, Zoe. Quando outro corpo é encontrado, a terapeuta perde o controle e está disposta a fazer de tudo para deter o assassino.

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É assim que se inicia As Musas, de Alex Michaelides, que tenta seguir o sucesso do suspense de estreia, A Paciente Silenciosa. Ler As Musas sendo um grande fã de A Paciente Silenciosa é um prato cheio para se decepcionar. Neste livro, bem como o próprio autor comenta nos agradecimentos, Alex parece extremamente pressionado a entregar uma história que se iguale, ou supere, seu primeiro trabalho. É nítido o esforço do autor em repetir um plot (reviravolta) extraordinário.

Por ter vivido nas sombras de A Paciente Silenciosa, Alex parece ter encontrado dois resultados, um bom e um ruim. O bom é que o leitor é inserido ao Alexverso, porque personagens que existem em A Paciente Silenciosa aparecem em As Musas, provocando um mix de nostalgia e nervosismo. O ruim é que a reviravolta não é muito original. Não é nada que o público já tenha visto antes, o que acaba decepcionando o leitor. Apesar disso, você ainda será feito de trouxa, de um jeito que o só o Alex sabe fazer, te prendendo e te envolvendo completamente na narrativa onde nada é o que parece ser.

A obra demora um pouco para engatar, não iremos mentir. As descrições e flashbacks da Mariana deixam o leitor cansado, mas vale a pena aguardar. Quando o enredo engata de vez, você só vai querer parar de ler quando entender o que está acontecendo.

Em As Musas, os personagens secundários ganham mais destaque, enquanto Mariana só ganha forma depois da metade do livro. Mesmo assim, é fácil se irritar e se cansar dela, já que a principal comete falhas irracionais.

As Musas é um ótimo livro, mostra a coragem e a determinação do autor em ascensão de continuar escrevendo histórias que nos assustam e nos transportam para cenários únicos, com narrativas que se utilizam da psicologia e do comportamento humano. Além disso, é interessante observar o enredo sendo guiado por mitos e tragédias gregas. Ótima obra, mas que falha na conclusão.

Por: Ana Fernandes

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3 motivos para você ler A Paciente Silenciosa

A Paciente Silenciosa é viciante e tem final de cair o queixo

Wattpad irá premiar com cinco mil dólares as melhores histórias da plataforma

Você é um escritor e tem histórias publicadas no Wattpad? Já pensou em ganhar um prêmio por isso? A plataforma de leitura online Wattpad está aceitando submissões para o The 2022 Watty Awards. O site procura histórias que envolvam 12 categorias em 9 idiomas diferentes. E advinha? Português está na lista! Então se você tem um livro digital publicado no Wattpad corra para se inscrever, porque a data limite é dia 19 de agosto.

Este ano, a plataforma adicionou um Grand Prize Winner (Grande Vencedor do Prêmio), para cada idioma, escolhido entre os 535 vencedores. E o mais importante: os escolhidos para representar as melhores histórias ganharam cinco mil dólares (é isso mesmo que você leu).

O que precisa saber para participar?

  • É preciso ter mais de 13 anos para participar. Menores de 18 anos deverão ter uma permissão por escrito do responsável legal para se tornar legível ao prêmio.
  • A história precisa ter sido postada depois de 1º de janeiro de 2020 e estar marcada como completa.
  • A obra precisa estar publicada apenas no Wattpad. Caso a tenha a disponível em outra plataforma, remova do site antes de participar do processo de avaliação para evitar desclassificação.
  • As histórias em idiomas que não são o inglês devem ter no mínimo 40 mil palavras.
  • As categorias este ano são: fanfics, fantasia, romance histórico, terror, mistério & thriller, new adult, paranormal, romance, ficção científica, histórias com sequências, esporte e young adult.
  • Todo participante deverá seguir as regras, que você pode acessá-las aqui.
  • Mais informações você encontrar aqui, no site da plataforma.

Tá esperando o que? Se inscreva e boa sorte!

Por: Ana Fernandes


Book Friday Amazon 2022: sabia como aproveitar as ofertas

Apaixonados pela leitura! Este o momento esperado: a Book Friday, realizada pela Amazon, começa nesta quinta-feira (18), às 18h, e irá até o dia 22 de agosto. Podemos esperar promoções de livros físicos, eBooks, Kindle e ainda um precinho bacana para a assinatura do Kindle Unlimited. E o melhor, terá FRETE GRÁTIS para todo o Brasil!

Que aproveitar a Book Friday 2022? Então confira algumas dicas que nós separamos para você se preparar e não perder NADA:

Faça uma wishlist antes do evento começar

É clássico observamos que o site aumenta os preços de alguns títulos para diminuir nos dias da Book Friday, retornando ao preço anterior. Essa técnica é mais comum do que gostaríamos.

Para evitar cair nesse golpe, crie uma wishlist de livros, ou seja, uma lista de desejos. Adicione as obras que você quer comprar e vá observando. Mas por que fazer isso? Os produtos que você adiciona em wishlist recebem avisos de aumento ou baixa de preço. É assim que você terá certeza que o livro está realmente em promoção ou é marmelada. 😉

Fique de olho no site de hora em hora

Além das ofertas do dia, a Amazon coloca promoções relâmpago na home da Book Friday. Elas têm hora para acabar, mas pode se encerrar antes do prazo caso venda todo o estoque antes. Essas ofertas costumam ser as que mais valem a pena, porque do nada aparece um título 30 reais mais barato, por exemplo. Em alguns casos, você poderá ver quanto tempo falta para aquela promoção começar e ativar um lembrete.

O que fazer para não perder as ofertas?

Baixar o aplicativo da Amazon no seu celular vai te salvar na Book Friday. Nele você poderá conferir na palma da sua mão as dicas acima, em qualquer lugar que você estiver (nós não nos responsabilizamos pelas olhadas no app durante o serviço em?!).

A Book Friday é um excelente momento para presentear um amigo ou familiar com um livro e incentivar a leitura. A Amazon mobiliza esse e outros eventos, como a Black Friday, a Prime Day e a Semana do Consumidor, para estimular a compra e a leitura de obras e produtos do universo literário. Incrível né? E você ainda pode apoiar o Submundo Literário nisso tudo. Compre qualquer produtor com o nosso link ❤️

Por: Ana Fernandes


6 livros Friends to Lovers para você se apaixonar

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Se você curtiu estes livros, com certeza irá amar estes filmes e séries

Dia Nacional do Escritor: 3 autores brasileiros que você precisa conhecer

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Quando terminamos um livro, é normal ter a sensação de ficar sem saber o que fazer. Afinal, você ainda está preso ao ritmo da narrativa e todas as emoções que foram sentidas. Então, por que não procurar obras parecidas? Só que dessa vez com o desafio de sair das páginas e partir para as telas. 

Pensando nisso, o Submundo Literário te apresentará três produções que combinam com alguns livros. Temos certeza que se você gostou destas obras literárias, você vai adorar as indicações cinematográficas e televisivas! 

Se você gostou de Mentirosos

Se você adorou ficar imerso no clima de drama e mistério do livro Os Mentirosos, escrito por E. Lockhart, com certeza vai curtir o filme O Orfanato, produzido por Guillermo del Toro, conhecido por dirigir O Labirinto do Fauno.

A obra conta sobre Laura, uma mulher que passou a infância em um orfanato que sempre a deu todo amor e apoio. Anos depois, agora adulta, ela retorna ao local para morar com sua família e reabrir o lar de crianças abandonadas que está fechado há anos. Entretanto, à medida que seu filho muda drasticamente de comportamento, Laura começa a se preocupar.

Assim como a obra literária, o filme também não tem a intenção de te dar sustos. É uma produção voltada para o drama familiar que oferece o terror psicológico através dos elementos em torno da trama, causando uma tensão e curiosidade durante o entretenimento. 

Onde assistir: Netflix 

Foto: Divulgação

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Se você gostou de E Não Sobrou Nenhum

Agatha Christie criou amantes de romances policiais assíduos. Ou seja, os leitores da autora sempre buscam por mais fontes desse tipo de entretenimento, de preferência inspiradas no estilo da Rainha dos Crimes. Por isso, eu confirmo que se você leu E Não Sobrou Nenhum e gostou, provavelmente vai adorar Entre Facas e Segredos

A produção conta sobre o assassinato de Harlan Thrombey, o famoso escritor de histórias policiais que foi encontrado morto aos 85 anos. Para investigar esse crime, o detetive Benoit Blanc colhe depoimentos de toda família do autor e dos funcionários que trabalham no casarão. 

Além do elenco de peso que conta com nomes como Ana de Armas (Blonde) e Chris Evans (Capitão América), o filme tem uma direção divertida e impecável. É uma ótima indicação para quem gosta de bancar o investigador e tenta adivinhar o desfecho do caso. 

Onde assistir: Prime Video e Globoplay

Foto: Divulgação

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Se você gostou de Coraline

A menina de cabelo azul, criada por Neil Gaiman, marcou uma geração com sua mensagem de coragem. É possível dizer que todo o público de Coraline ainda tem um carinho imenso pela obra, tanto na adaptação literária quanto na cinematográfica. É por esse motivo que indicamos Stranger Things para todos os fãs da personagem. 

A famosa série da Netflix se passa nos anos 80, quando Will Byers (Noah Schnapp) desaparece e a pacata cidade de Hawkins começa a procurá-lo com a polícia. Em paralelo a isso, os melhores amigos de Will decidem buscá-lo por conta própria e acabam se envolvendo em eventos sobrenaturais. 

Além de ter as mesmas lições que Coraline traz em sua história, Stranger Things também mensagens importantes como amizade e o ciclo de crescimento do ser humano. É uma produção de ficção bem divertida que vai te fazer entrar em outro mundo (vamos torcer para que não seja o Upside Down!). 

Onde assistir: Netflix

Foto: Divulgação

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Por: Isabella Lutz


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Nosso Último Verão, de Thais Bergmann, é gostosinho de ler, porém tem relacionamento ioiô

Nossa nota: ⭐⭐⭐⭐

Nosso Último Verão conta a história de Lucy, uma menina introvertida durante o ano letivo que no período das férias se permite ser quem ela quiser. Todo ano, ela e seus pais vão passar as férias na Casa da Lagoa. Porém, agora tudo será diferente. Com a aproximação do resultado do vestibular e o falecimento de um dos seus pais, aquele pode ser o último verão de Lucy no seu lugar preferido.

Compre o livro Nosso Último Verão por R$ 5,99.

O livro percorreu uma crescente muito interessante do início até um pouco depois da metade (tanto que mais da metade da leitura foi realizada em menos de 1 dia). Contudo, próximo aos 60% da obra, Lucy começa a ficar um tanto quanto insuportável, acarretando numa cartada final para o desastre e tornando a história morna e arrastada.

A Lucy é uma personagem sem muito equilíbrio. A sensação é que ela toma decisão errada atrás de decisão errada o tempo todo, e por consequência, as coisas vão virando uma grande bola de neve.

Os personagens secundários, principalmente, o pai e a melhor amiga faltaram com a comunicação de tal forma que deixa um ar de dúvida se o relacionamento cultivado entre eles e Lucy de fato tem uma base sólida como a história diz ter (há controvérsias).

“Eu preciso saber se a gente vai ficar nesse vai e volta. Eu quero estar preparado se você for sumir assim de novo.”

Além disso, o romance em estilo slow burn (quando a atração do casal vai sendo construída aos poucos), no livro, se torna um verdade looping de 1 passo para frente e 3 passos para trás. Ao final do livro fica muito claro que essa era a intenção da autora por conta da construção do personagem masculino, o Arthur (é de querer arrancar os cabelos essa situação). Só que a sensação de “quase” o tempo todo, de parecer que estão avançando e do nada voltarem à estaca zero é maçante. É um corta clima para a história, porque você espera por mais e o leitor acaba recebendo menos.

E, por fim, Thais Bergmann escreve muito bem, tem uma escrita fluída e fácil, que se não fosse pelas decisões da personagem Lucy seria muito mais envolvente.

Por: Bianca Nunes

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O Verão Que Mudou Minha Vida: a adaptação supera a trilogia de livros?

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Pessoas Normais é intimista e realista na relação dos personagens, mas é vazio ao abordar questões políticas

Nossa nota: ⭐⭐⭐⭐+❤️

Não seria possível classificar Pessoas Normais, de Sally Rooney, como uma história de amor apenas. Isso limitaria demais a potência da narrativa. O livro ultrapassa o romance, mostrando aos leitores como as pessoas afetam e mudam as nossas vidas. Não só no amor, mas na amizade, na família, no trabalho… Cada indivíduo que interage conosco crava uma marca dentro de nós, seja ela boa ou ruim, que servirá para entendermos um pouco melhor essa tal de vida. Esta é a poderosa mensagem desta obra intimista e realista.

Pessoas Normais é para ser consumido sem pressa, observando os temas propostos por Sally. A obra é sobre pessoas normais, vivendo as suas vidas, tentando entender o seu papel no mundo, enquanto lidam com traumas e pressões psicológicas.

Sobre a história

capa do livro pessoas normais, da autora sally rooney

Ambientado na Irlanda, o enredo é focado em Marianne e Connell, que se conhecem na adolescência e criam uma espécie de relacionamento um tanto conturbado… A situação não acaba bem e eles param de se ver no final do ensino médio. Até que no ano seguinte, ambos estão na universidade, em Dublin, e acabam se reencontrando. E é aí que se inicia uma relação de vai e volta. Toda vez que eles decidem ficar separados, algo acontece e provoca um reencontro.

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O que achamos?

Sally Rooney tem uma escrita peculiar. Não coloca travessões ou aspas para marcar diálogos. Às vezes o diálogo atropela o próprio parágrafo. Essa característica da autora passa a impressão ao leitor de que hora Marianne, hora Connell, estão contando fragmentos da história. Não é algo que atrapalhe a leitura, em poucas páginas o leitor logo de acostuma. Além disso, a obra tem gatilhos de ansiedade e depressão, que vão ganhando forma da metade para o final da obra. Então se você está passando por um momento parecido, leia com calma ou prefira adiar a leitura por hora.

Pessoas Normais se destaca na construção de Marianne e Connell, que são altamente reais e provoca a sensação de identificação com o público leitor. Talvez seja por isso que a impressão ao finalizar a leitura é de que Connell teve uma evolução de verdade, enquanto Marianne parece que mudou do zero para 50%. Eles ainda precisam resolver muita coisa, assim como é a vida real.

O livro tem diversos saltos temporais, indo do ano 2011 até 2015. O lado positivo é que a leitura se torna dinâmica e passa a ideia de uma vida instável, de mentes que se auto sabotam. O lado negativo é que alguns temas são apresentados de maneira vaga e pecam nos detalhes. É o caso das partes do livro em que a autora joga questões políticas dentro dos diálogos. Joga, porque os assuntos não são trabalhados, eles pipocam no meio da narrativa e fica por isso mesmo.

Problemática envolvendo a obra

Aproveitando para falar que a autora tenta colocar um conflito de classes na Irlanda dos anos 2000, o que também fica jogado na obra, mas só se concentra em personagens brancos. Tirando Connell, o drama de Marianne sobre trabalho e capitalismo chega a ser hipócrita, vazio e irritante. Isso acaba estragando a experiência com a obra, principalmente para leitores não brancos e não europeus. Parece sacanagem com a cara de quem está lendo ver a Marianne se pagar de politizada defensora do povo….

Pessoas Normais acaba sendo, de fato, um livro muito branco, que aborda privilégios de brancos sem que esses personagens tomem essa consciência ou questionem isso. Em muitos casos, personagens como a Marianne se utilizam de lutas que não são deles para se desenvolverem na história, como este artigo apresenta ao abordar o livro e série adaptada. Outro artigo também aponta que livros como Pessoas Normais fortalecem narrativas centradas em pessoas brancas.

Por: Ana Fernandes


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Clube do Livro dos Homens tem uma boa premissa, mas com desenvolvimento problemático

O Verão Que Mudou Minha Vida: a adaptação supera a trilogia de livros?

O Verão que Mudou a Minha Vida, de Jenny Han, é uma daquelas trilogias que os leitores tendem a ler na época do Verão para se divertir. É uma leitura leve e gostosa, sem grandes reviravoltas ou debates de temas importantes para a sociedade. Porém, a autora pecou em diversos aspectos em que a série lançada recentemente acertou em cheio.

Então, separamos alguns pontos positivos e negativos da obra e da série para você comparar. E aí, é um caso raro de adaptação que supera o livro?

Sobre a história

O enredo é um grande clichê de férias de verão, que narra um triângulo amoroso no decorrer dos anos entre Belly, Conrad e Jeremiah. Há muitos anos Belly é apaixonada por Conrad, porém ele nunca correspondeu, mesmo sabendo que ela gostava dele. Enquanto, Jeremiah de um momento para o outro se vê criando sentimentos além da amizade. Os irmãos, um tem aquele ar “garoto problema” e o outro é um “Golden retrivier”, respectivamente.

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imagem da trilogia de livros O Verão Que Mudou Minha Vida

A trilogia de livros

Durante a história houve um problema de narrativa e de desenvolvimento dos personagens, que deixou a desejar muito, ao ponto da ideia de abandonar o terceiro livro ser real. O Conrad é problemático demais, não só com a Belly, mas com as pessoas ao redor que estão sempre tentando ajudar, só que ele vive pisando e se afastando como se pudesse lidar com tudo sozinho. Que ele lidasse sozinho, só que não precisava destratar ninguém.

Enquanto Jeremaiah, apesar de não ser perfeito, é um personagem com um desenvolvimento incrível, do qual a autora no último livro pegou e rasgou. O rapaz toma uma atitude que simplesmente não condiz com quem nos foi apresentado durante todo o romance. E a Belly, é só a Belly, age como adolescente do início ao fim da trilogia, não é possível observar nenhum grande desenvolvimento. Na verdade, em muitos momentos, ela é chata. Mas, adolescentes são chato, então, talvez seja a intenção da autora.

O melhor ponto da Trilogia e que foi trago para as telas com perfeição, sem sombra de dúvidas, foi a amizade entre Suzanna e Laurel.

Nossa nota para a trilogia: ⭐⭐⭐,5

imagem de divulgação da série O Verão Que Mudou Minha Vida, com os atores principais correndo na praia
Foto: Divulgação

A adaptação pela Prime Video

A série foi perfeitamente bem adaptada, trazendo tudo o que há de melhor no livro 1 e, ainda, trazendo elementos extras, como o Baile, que não existia no livro, mas se encaixou maravilhosamente bem na narrativa. Ou o fato de que Suzanna (Rachel Blanchard) e Laurel (Jackie Chung) amam se divertir, têm uma energia sensacional mesmo tendo um problema paralelo acontecendo com Suzanna. A amizade delas não foi muito explorada nos livros, o leitor fica sabendo o que a Belly (Lola Tung) conta, mas ver isso adaptado foi incrível.

A série expandiu não só a amizade delas, mas trouxe mais acontecimentos a trama, sem excluir os pontos principais e outras cenas icônicas, como a briga entre Jeremiah (Gavin Casalegno) e Conrad (Christopher Briney), que foram adaptadas em meio a outras situações, porém sem perder a emoção e timing do livro.

Nossa nota para a 1º temporada: ⭐⭐⭐⭐

Vêm aí a adaptação do segundo livro!

Para felicidade dos fãs, a segunda temporada de O Verão Que Mudou Minha Vida já está confirmada para meados de 2023, mas sem data de estreia definida. As gravações começaram nessa terça (26), de acordo com uma postagem feita pela produção em que a autora Jenny Han e a nossa Belly, a atriz Lola Tung, estão no set de filmagem.

Só podemos dizer que se a adaptação para as telas continuar seguindo com o trabalho realizado na primeira temporada, tem tudo para ser um ótimo sucesso para a Prime Video e superar 100% os livros. Estamos ansiosos por aqui!

Assista ao trailer da 1º temporada:

Por: Bianca Nunes


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Nesta segunda (25) é celebrado o Dia Nacional do Escritor! O que acha de separar um tempinho para valorizar a literatura brasileira e reconhecer o trabalho de três autores incríveis? Conheça cada um deles!

Raphael Montes

foto do autor raphael montes

Raphael Montes irá mexer com a sua mente, acabar com a sua paz e te deixar muito, MUITO ansioso lendo. O autor tem ganhado destaque no universo literário nos últimos anos, se tornando cada vez mais uma referência nos gêneros de suspense e terror no Brasil. Não é atoa que Bom Dia, Verônica ganhou sua adptação para a Netflix, em 2020, e a segunda temporada está prevista para 3 de agosto de 2022. Além isso, a obra Jantar Secreto está sendo produzida no exterior.

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Mayra Sigwalt

Mayra Sigwalt é descendente Kaingang e traz a representatividade dos povos indígenas brasileiros em seus trabalhos, como acontece na novela O Que Encontramos nas Chamas. Uma autora impecável, trata de assunto delicados, como a pedofilia e as marcas do abuso sexual, através de alegorias e fantasia. A escritora também é booktuber, apresenta o podcast Wine About It e é a co-criadora do Turista Literário, um clube mensal de livros. Simplesmente maravilhosa!

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Rafael Weschenfelder

Rafael Weschenfelder é o escritor do best-seller na Amazon As 220 Mortes de Laura Lins, um conto eletrizante e com um final surpreendente. É para começar a ler e só parar quando chegar no último parágrafo, literalmente. Ele é um autor em ascensão, então nada melhor que apoiar e ajudá-lo a trilhar essa jornada, né?!

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Por: Ana Fernandes


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