Bom Dia, Verônica: foi uma boa ideia continuar a série sem um livro para se inspirar?

🔴 Contém spoilers da primeira temporada 🔴

Criada por Raphael Montes e Ilana Casoy, a segunda temporada de Bom dia, Verônica retoma a história apresentada na primeira temporada, porém, de uma forma mais “Game of Thrones”. Isso porque a cada episódio há uma morte significante para Verônica e em certos momentos é possível se questionar se ao final da temporada irá sobrar alguém relevante para a terceira e última temporada.

Outro ponto é que desta vez a produção não se inspirou em uma obra literária, como aconteceu na temporada anterior. Será que o resultado foi satisfatório para o público?

Contexto da segunda temporada

Verônica (Tainá Müller) está de volta com mais sangue nos olhos. A sua intenção é descobrir quem é a cabeça por trás de toda a Máfia que comandava o Orfanato Cosme e Damião e que agora comanda um novo Orfanato, responsável por treinar e inserir jovens corruptos em lugares de poder, sob a falsa promessa de uma vida melhor. Enquanto tenta descobrir quem está no comando, um rastro de sangue se extende por onde Verônica percorre, e a cada passo fica mais complicado manter a sua família de fora daquela realidade.

Em paralelo, o telespector conhece a história de Matias Cordeiro (Reynaldo Gianecchini), uma espécie de pastor que diz curar as pessoas com base em sua fé, e das personagens Gisele (Camila Márdila) e Ângela (Klara Castanho). Uma família um tanto peculiar, que não se sabe ao certo qual o problema que os cerca, mas a atuação de Klara Castanho deixa subentendido desde o início que algo de estranho acontece naquela casa, mesmo que nem a personagem dela saiba ao certo “o que”.

Foto: Divulgação

Consegue ser tão boa quanto a primeira?

Apesar de se manter no gênero suspense policial e ter uma pegada violenta ao tratar com propriedade temas sensíveis de uma forma crua e sem rodeios, Bom dia, Verônica não segue a mesma linha pesada da primeira temporada. Mesmo com um desenrolar mais arrastado, a temporada anterior se apega muito mais ao suspense, sem perder o interesse de quem está sentado no sofá. Já a atual temporada é mais dinâmica, muitos fatos surgem e se encerram no mesmo episódio, podendo até ser considerado um roteiro um tanto preguiçoso por não dar as tantas voltas e gerar tanta tensão quanto a primeira temporada.

Inclusive, é possível dizer que faltaram mais momentos de climax, tensões e situações em que as coisas não fossem resolvidas com sucesso, que demorassem mais a ter um desfecho, ao invés de ser simples. Não entendam mal, os desfechos são satisfatórios, mas o telespectador acaba tendo pouco tempo de criar teorias sobre certas situações, porque a resposta já é jogada na tela logo em seguida. E por se tratar de uma série de suspense, a parte de criar teorias é o melhor momento.

Foto: Divulgação

Como qualquer outra produção, Bom dia, Verônica tem seus furos de roteiros, como logo no começo do primeiro episódio que se inicia uma perseguição infundada, pois ninguém sabia da onde tinha vindo o tiro e Verônica decide fugir de moto exatamente na direção onde os carros estão saindo. Só que esses furos não diminuem o quão boa é a série e todos os acontecimentos. Mesmo os que tem soluções rápidas, são bem amarrados e bem fundamentados, não há nenhuma resolução do nada.

Portanto, a segunda temporada de Bom Dia, Verônica é mais linear, sem grandes picos de tensão ou baixas que gerem momentos monótonos. Tem episódios dinâmicos e mantém muito bem o telespectador sempre querendo mais e mais. Diferente da temporada anterior, que se inspirou no livro do autor Raphael Montes para criar a série, o público nesta nova temporada não teve um livro para se basear e comparar ambos os trabalhos. Então, olhando por esse lado, pode-se dizer que a segunda temporada está melhor que a primeira e o resultado foi sim satisfatório.

Nossa nota: ⭐⭐⭐⭐ / Onde assistir: NETFLIX

Assista ao trailer:

Por: Bianca Nunes


Bom Dia, Verônica: Diferenças Entre o Livro e a Série

Bom Dia, Verônica tem um enredo instigante e impossível de parar de ler

Dias Perfeitos te transporta para a mente de um agressor

Nosso Último Verão, de Thais Bergmann, é gostosinho de ler, porém tem relacionamento ioiô

Nossa nota: ⭐⭐⭐⭐

Nosso Último Verão conta a história de Lucy, uma menina introvertida durante o ano letivo que no período das férias se permite ser quem ela quiser. Todo ano, ela e seus pais vão passar as férias na Casa da Lagoa. Porém, agora tudo será diferente. Com a aproximação do resultado do vestibular e o falecimento de um dos seus pais, aquele pode ser o último verão de Lucy no seu lugar preferido.

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O livro percorreu uma crescente muito interessante do início até um pouco depois da metade (tanto que mais da metade da leitura foi realizada em menos de 1 dia). Contudo, próximo aos 60% da obra, Lucy começa a ficar um tanto quanto insuportável, acarretando numa cartada final para o desastre e tornando a história morna e arrastada.

A Lucy é uma personagem sem muito equilíbrio. A sensação é que ela toma decisão errada atrás de decisão errada o tempo todo, e por consequência, as coisas vão virando uma grande bola de neve.

Os personagens secundários, principalmente, o pai e a melhor amiga faltaram com a comunicação de tal forma que deixa um ar de dúvida se o relacionamento cultivado entre eles e Lucy de fato tem uma base sólida como a história diz ter (há controvérsias).

“Eu preciso saber se a gente vai ficar nesse vai e volta. Eu quero estar preparado se você for sumir assim de novo.”

Além disso, o romance em estilo slow burn (quando a atração do casal vai sendo construída aos poucos), no livro, se torna um verdade looping de 1 passo para frente e 3 passos para trás. Ao final do livro fica muito claro que essa era a intenção da autora por conta da construção do personagem masculino, o Arthur (é de querer arrancar os cabelos essa situação). Só que a sensação de “quase” o tempo todo, de parecer que estão avançando e do nada voltarem à estaca zero é maçante. É um corta clima para a história, porque você espera por mais e o leitor acaba recebendo menos.

E, por fim, Thais Bergmann escreve muito bem, tem uma escrita fluída e fácil, que se não fosse pelas decisões da personagem Lucy seria muito mais envolvente.

Por: Bianca Nunes

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O Verão Que Mudou Minha Vida: a adaptação supera a trilogia de livros?

O Verão que Mudou a Minha Vida, de Jenny Han, é uma daquelas trilogias que os leitores tendem a ler na época do Verão para se divertir. É uma leitura leve e gostosa, sem grandes reviravoltas ou debates de temas importantes para a sociedade. Porém, a autora pecou em diversos aspectos em que a série lançada recentemente acertou em cheio.

Então, separamos alguns pontos positivos e negativos da obra e da série para você comparar. E aí, é um caso raro de adaptação que supera o livro?

Sobre a história

O enredo é um grande clichê de férias de verão, que narra um triângulo amoroso no decorrer dos anos entre Belly, Conrad e Jeremiah. Há muitos anos Belly é apaixonada por Conrad, porém ele nunca correspondeu, mesmo sabendo que ela gostava dele. Enquanto, Jeremiah de um momento para o outro se vê criando sentimentos além da amizade. Os irmãos, um tem aquele ar “garoto problema” e o outro é um “Golden retrivier”, respectivamente.

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imagem da trilogia de livros O Verão Que Mudou Minha Vida

A trilogia de livros

Durante a história houve um problema de narrativa e de desenvolvimento dos personagens, que deixou a desejar muito, ao ponto da ideia de abandonar o terceiro livro ser real. O Conrad é problemático demais, não só com a Belly, mas com as pessoas ao redor que estão sempre tentando ajudar, só que ele vive pisando e se afastando como se pudesse lidar com tudo sozinho. Que ele lidasse sozinho, só que não precisava destratar ninguém.

Enquanto Jeremaiah, apesar de não ser perfeito, é um personagem com um desenvolvimento incrível, do qual a autora no último livro pegou e rasgou. O rapaz toma uma atitude que simplesmente não condiz com quem nos foi apresentado durante todo o romance. E a Belly, é só a Belly, age como adolescente do início ao fim da trilogia, não é possível observar nenhum grande desenvolvimento. Na verdade, em muitos momentos, ela é chata. Mas, adolescentes são chato, então, talvez seja a intenção da autora.

O melhor ponto da Trilogia e que foi trago para as telas com perfeição, sem sombra de dúvidas, foi a amizade entre Suzanna e Laurel.

Nossa nota para a trilogia: ⭐⭐⭐,5

imagem de divulgação da série O Verão Que Mudou Minha Vida, com os atores principais correndo na praia
Foto: Divulgação

A adaptação pela Prime Video

A série foi perfeitamente bem adaptada, trazendo tudo o que há de melhor no livro 1 e, ainda, trazendo elementos extras, como o Baile, que não existia no livro, mas se encaixou maravilhosamente bem na narrativa. Ou o fato de que Suzanna (Rachel Blanchard) e Laurel (Jackie Chung) amam se divertir, têm uma energia sensacional mesmo tendo um problema paralelo acontecendo com Suzanna. A amizade delas não foi muito explorada nos livros, o leitor fica sabendo o que a Belly (Lola Tung) conta, mas ver isso adaptado foi incrível.

A série expandiu não só a amizade delas, mas trouxe mais acontecimentos a trama, sem excluir os pontos principais e outras cenas icônicas, como a briga entre Jeremiah (Gavin Casalegno) e Conrad (Christopher Briney), que foram adaptadas em meio a outras situações, porém sem perder a emoção e timing do livro.

Nossa nota para a 1º temporada: ⭐⭐⭐⭐

Vêm aí a adaptação do segundo livro!

Para felicidade dos fãs, a segunda temporada de O Verão Que Mudou Minha Vida já está confirmada para meados de 2023, mas sem data de estreia definida. As gravações começaram nessa terça (26), de acordo com uma postagem feita pela produção em que a autora Jenny Han e a nossa Belly, a atriz Lola Tung, estão no set de filmagem.

Só podemos dizer que se a adaptação para as telas continuar seguindo com o trabalho realizado na primeira temporada, tem tudo para ser um ótimo sucesso para a Prime Video e superar 100% os livros. Estamos ansiosos por aqui!

Assista ao trailer da 1º temporada:

Por: Bianca Nunes


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Poemas de Sagitário e Tenra Eternidade, de Pietro Silva, são livros magníficos

nota 5 para as obras Poemas de Sagitário e Tenra Eternidade

Poemas de Sagitário e Tenra Eternidade são livros publicados pelo autor brasileiro Pietro Silva, através da plataforma Amazon no formato Ebook. Quando Pietro entrou em contato com o Submundo perguntando se poderíamos fazer uma leitura de alguma das suas obras, eu, Bianca, automaticamente fiquei animada porque ele escreve coisas das quais eu gosto, mas que quase nunca leio, no caso poemas e contos.

E convenhamos, é difícil achar bons contos, consigo contar nos dedos de uma mão os contos bons de verdade que li pela Amazon, porque em um geral as histórias tentam focar em muitas coisas ao mesmo tempo e no fim não focam em nada, deixando as poucas páginas com o sentimento de que falta algo.

Porém, Pietro soube administrar com maestria os poemas e os contos e eu estou apaixonada pela escrita dele, pela forma do autor de expor seus pensamentos e, também, pelo fato de apesar dos seus textos terem uma linguagem poética, mesmo o de contos (o que eu já esperava), são todos coerentes e de fácil entendimento. Você não precisa se esforçar muito para compreender, saber português é mais do que o suficiente.

E eu fico muito feliz por isso, porque é bem frustrante ler poemas e textos em um geral que são tão complexos ou com termos e construção de frases tão complexas que fica difícil entender qual a mensagem que o autor quer passar. É preciso às vezes fazer quase uma análise em cima da escrita e isso, muitas vezes, afasta os menos preparados. Felizmente isso não ocorre com o autor Pietro.

POEMAS DE SAGITÁRIO

Poemas de sagitário por [Pietro Universo]
Autor Independente

Segundo Pietro, na descrição da Amazon, é uma coletânea poética de textos escritos com paixão, devoção, cigarro na boca, lágrima no canto do olho e sorriso exacerbado acerca dos sentimentos, vivências, paixões, lamúrias, pensamento sombrios e luminosos de um sagitariano.

A coletânea é perfeita, para as pessoas como eu que amam poemas, mas que sempre se sentem meio perdidas lendo alguns e tá tudo bem, alguns textos simplesmente não querem se explicar, não está em você o problema. Contudo, aqui você não se sentirá nada perdido, porque cada página é um deleite, cada poema é uma surra de sentimentos, com direito a sacadas muito divertidas que te farão soltar umas risadinhas inesperadas e alguns irão te abraçar como um cobertor quentinho em um dia de frio.

Talvez eu seja completamente suspeita para falar sobre esse livro, que na minha visão fala muito sobre quem o autor é, uma pessoa do signo de fogo, Sagitário, como eu. Cada texto, cada linha, cada palavra exala quem Pietro é, intenso, como seu signo. Apesar da coletânea não ser esotérica, digo, voltada completamente ao tema astrológico, os textos exalam a alma de um sagitariano. E falo isso como uma sagitariana (com um pezinho em escorpião, porque sou do primeiro decanato).

Onde comprar: Amazon – R$ 3,99

TENRA ETERNIDADE

Tenra Eternidade por [Pietro Universo]
Autor Independente

Tenra Eternidade traz em seu corpo 31 contos que irão tratar dos mais diversos assuntos, desde os mais levianos e estranhos como usar uma privada em um dia de frio, até os mais profundos e com viradas surpreendentes como A Candidatura (sério, que conto espetacular).

Ouso dizer que Pietro começou a escrever através dos poemas, porque em Tenra Eternidade é evidente a influência dele por essa arte, porque os contos são extremamente poéticos, a escrita dele é tão fluída e as palavras conversam tanto entre si, é um prazer divino cada página.

Eu já li muitos contos através da Amazon e este livro do Pietro com certeza está no meu TOP 5 de favoritos do gênero, porque o autor consegue criar as histórias com início, meio e fim com coesão, coerência, fluidez, leveza e tudo que há de bom. Ele perpassa pelos assuntos com muita propriedade, acredito que isso possa virar marca registrada do autor, a habilidade de falar sobre diversos com muito entusiasmo, convicção e propriedade.

Onde comprar: Amazon – R$ 3,99

OBS: o Submundo Literário foi convidado pelo autor Pietro Silva a ler o seu trabalho e fazer uma resenha dos seus livros Poema de Sagitário e Tenra Eternidade . A opinião nesta resenha é exclusivamente opinativa e não se trata de uma propaganda da obra.


Por: Bianca Nunes

Se você curte contos e poesias, conheça a obra Entre Racunhos, da autora nacional Isabella Lutz

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Como Não Acabar Com Seu ídolo, é uma grande fanfic sobre o Cellbit

Como Acabar Com Seu Ídolo, de Fátima Aparecida da Silva, foi publicado na Amazon em formato Ebook e em formato físico pela Editora Edições. A princípio o livro foi disponibilizado no Wattpad, já que por lá a autora tem bastante leitores e as suas histórias são tão bem escritas, que arrecadou 2 prêmios Wattys nos anos de 2015 e 2020 (para quem respira o mundo das fanfics sabe o quanto isso é importante).

Por muitos anos, na época do Nyah, ainda, eu li muitas fanfics de Crepúsculo e também escrevi muito, então, tenho propriedade para tratar do tema e dizer com convicção: Este não é mais o meu mundo. Eu vejo potencial na história que a Fátima criou, contudo, não faz mais o meu estilo de leitura, talvez eu não seja sequer o público alvo. Com certeza a minha eu de 2012 teria amado essa história, porém, a minha eu de hoje é mais exigente e clama por personagens com profundidade, com histórias de vida, com subtramas e que o livro não gire apenas em torno do romance. E nada disso ocorre neste livro, então o que me fez chegar ao final foi a escrita da autora, que é impecável.

Editora: Edições

Camille é apaixonada por seu ídolo da Twitch, Nathanael Dante, jogador dos melhores e piores jogos da internet. O Youtuber está presente no cotiando de Millie há 4 anos, que sonha em se encontrar com o ídolo e ter um relacionamento com ele (coisa de fã!). Mas, Celebrity, como é chamado ironicamente na internet, não tem relacionamento com seus fãs e também não curte a ideia de ser reconhecido como uma subcelebridade sem conteúdo.

Esse pensamento impulsiona Nathanael a criar seu próprio curta de suspense, o problema é que ele não é exatamente bom escrevendo e precisará de ajuda e é nesse momento que o destino os colocam cara a cara.

Onde comprar: Amazon – R$ 8,90

“É uma ideia bem simples, e já usada outras vezes, mas a grande graça dos livros é a forma que você desenvolve o que muitos outros já escreveram.”

Camille, a narradora da história, é uma personagem muito divertida, cheia de referências a cultura pop e analogias inteligentes voltadas para os filmes. É uma personagem que sabe levar a trama para frente, é interessante acompanhá-la na empreitada de ajudar o Nathanael, que não é exatamente a melhor pessoa do mundo.

O Youtuber gera um incomodo certeiro nas primeiras páginas, porque ele é extremamente grosseiro e sem necessidade. As pessoas só mandam mensagem, que valem dinheiro, sugerindo um jogo ou outro e ele as responde com grosseria. Por que, meu anjo? E ele tem outros ataques de grosseria durante a trama que gera um pouco de vergonha alheia. Definitivamente Camille escolheu ser fã da pessoa errada, porque, na minha humilde opinião, não há problema do passado que te faça ser escroto com quem não merece no presente.

E digo isso por experiência própria, eu tenho meus problemas com uma pessoa específica, então, qualquer coisa direciono a essa pessoa, não a quem está ao meu redor. Infelizmente, é muito comum em livros os autores justificarem a forma do personagem masculino ser um grosseirão só por conta de um passado traumático e isso não é legal. Não estou dizendo que não se pode usar dessa artimanha, só sempre são mal desenvolvidas e o personagem costuma ter uma remissão a jato e em um passe de mágicas está tudo bem. Cadê a terapia? Problemas do passado só são curados com muita terapia e força de vontade.

Em relação a escrita da autora, não há qualquer reclamação da minha parte, a escrita tornou o livro agradável de ler. Até onde eu saiba é a primeira publicação dela de fato, então há tempo de evolução ainda e, mais, esse livro sendo direcionado para o público alvo certo, ou seja, adolescentes na faixa de 12/14 anos, será um completo sucesso. Eu já tive essa idade e sei que amamos nos imaginar namorando nosso ídolo, então, este livro só irá atiçar mais a imaginação dos adolescentes.

OBS: o Submundo Literário foi convidado pela autora Fátima Aparecida da Silva a ler o seu trabalho e fazer uma resenha do seu livro Como Não Acabar Com Seu Ídolo . A opinião nesta resenha é exclusivamente opinativa e não se trata de uma propaganda da obra.


Por: Bianca Nunes

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Ressaca Literária: Você não é uma máquina!

Ressaca Literária, o mal de quem lê muito e acaba frustrado quando não consegue partir para a próxima leitura. Quem nunca?

O que é?

A Ressaca Literária é caracterizada pela incapacidade de começar um novo livro, após uma leitura muito boa ou às vezes tão ruim a um ponto de te desmotivar a ler novas histórias. Ou até pode ser ocasionado por fadiga mental e estresse por sobrecarga de atividades.

Lembre-se: às vezes seu cérebro apenas precisa descansar, não o pressione!

Não se Pressione!

Apesar de acreditarmos que somos uma máquina de produzir, não somos, também precisamos de descanso. Então, quando você sentir que não consegue começar uma nova leitura, não insista, a vontade de ler irá retornar mais cedo ou mais tarde.

“Ok, entendi. Mas o que fazer enquanto isso? Fico ansiosa (o) para conseguir voltar aos livros…”

Busque novos Hobbies

Por experiência própria, dê tempo ao tempo. E enquanto isso:

  1. Maratone uma série divertida ou um filme do seu agrado
  2. Busque livros leves, nada que vá sugar seu cérebro ou releia um que você ame
  3. Faça exercício, seja qual for, para oxigenar o cérebro e desestressar.

Caso esteja buscando por livros que possam te ajudar a sair da ressaca literária, confira aqui a nossa indicação de 8 obras perfeitas para sair dessa fase.


Por: Bianca Nunes

8 livros para sair da ressaca literária

6 livros para ler em 2021

Dicas de como criar o hábito da leitura

Clube do Livro dos Homens tem uma boa premissa, mas com desenvolvimento problemático

Clube do Livro dos Homens de Lyssa Kay Adams, publicado pela Editora Arqueiro, é o novo querido das romancistas de plantão, mas, apesar de ser uma boa história, com um bom enredo, o desenvolvimento da ideia central não é exatamente o melhor, tornando a história um pouquinho problemática.

“(…) E, com isso, destruímos relacionamentos, porque nos convencemos de que é difícil demais entender nossas parceiras. Mas o problema na verdade somos nós. Achamos que não devemos sentir coisas, chorar e nos expressar… E esperamos que as mulheres façam todo o trabalho emocional. Daí, quando elas desistem, ficamos sem entender por quê.” 

Editora: Arqueiro

Gavin Scott é um astro do beisebol e ama, de paixão, a sua profissão. No ápice da sua carreira, um segredo humilhante vem à tona: Thea, sua esposa, por muito tempo fingiu sentir prazer na cama. Por conta dessa situação, Gavin se afasta da esposa, já que está com o orgulho ferido e a masculinidade também, e isso só piora a relação do casal. Quando Thea pede o divórcio, o homem entra em parafuso e vê toda a sua vida esvaindo por suas mãos.

Então, acaba achando conforto em um clube de leitura para homens e a primeira regra é: “não fale sobre o clube”. A ideia do clube é conseguir compreender melhor as mulheres através da literatura e, com o intuito de salvar o seu casamento, Gavin decide investir na leitura de Cortejando a Condessa, mas vai ser necessário muito mais do que palavras e gestos bonitinhos para reconquistar Thea.

Onde comprar: Amazon – R$ 29,79

“Os homens assentiram, todos de boca cheia. 

– Que bom. Qual a primeira regra do clube do livro?

Eles responderam em uníssono:- Não falar sobre o clube do livro.”

O livro em si tem uma narrativa muito gostosa e que irá te prender do início ao fim, e a princípio, o leitor pode ficar extremamente encantado com tudo. Porque com maestria a autora consegue mesclar momentos super engraçados com os momentos de tensão.

De um lado da história, temos Gavin o jogador famoso, que passa muito tempo longe da família e do outro lado temos Thea, uma mulher que largou toda a sua vida, isso quer dizer estudos e profissão para cuidar das filhas. Como já dizia Lady Gaga: “Você pode até seguir um homem, mas sua carreira nunca vai acordar um dia e dizer que não te ama mais”. A ideia de Thea foi no mínimo absurda demais, não se deve largar toda uma vida, todos os seus sonhos para viver em função de ninguém, seja por homem ou filhos. Apesar de ser algo muito comum na nossa sociedade, não é o ideal.

Thea é uma personagem que muitas pessoas podem acabar se identificando, porque ela é uma personagem que foi se perdendo dentro do casamento, situação que acontece com muitas pessoas na realidade. A personagem olha para si e não se reconhece mais, percebe que inclusive se submeteu a coisas que não gostava só para conseguir se encaixar em um perfil x ou y. Para a felicidade da nação, durante a trama, é possível ver a evolução dessa personagem de forma magnífica, é um dos pontos altos do livro ver a sua libertação.

Enquanto isso, Gavin é um personagem fofo, para dizer o mínimo, um amor de pessoa. E é um personagem com uma boa evolução também, porém a forma com as coisas caminham para ele é de um jeito um pouco mais torto. Porque ele recebe ajuda do Clube do Livro para conseguir reconquistar a esposa, só que o livro não mostra tudo o que uma mulher quer, seus desejos, ambições, sonhos ou vontades, a trama foca muito em como reconquistá-la e não em de fato entender o que as mulheres querem e como querem.

E é nesse momento que a história, apesar de ser muito agradável e divertida, toma um rumo meio esquisito, Porque mesmo com todas as discussões sobre masculinidade tóxica, feminismo e emponderamento, não senti que eles de fato estavam querendo compreender as mulheres, mas apenas fazer o que eles achavam que elas gostariam que fosse feito.

“Os homens são idiotas. Nós reclamamos que as mulheres são tão misteriosas e a porra toda, e que nunca sabemos o que elas querem. Nós estragamos nossos relacionamentos porque nos convencemos de que é muito difícil desvendá-las. Mas o verdadeiro problema está em nós. Nós pensamos que não devemos sentir as coisas, chorar e nos expressar. Esperamos que as mulheres realizem todo o trabalho emocional em um relacionamento e depois nos sentimos confusos quando elas desistem de nós.”

Por fim, o final dado a Thea foi muito mais satisfatório do que o final do Gavin, que deixou um pouco a desejar, ainda mais porque, de certa forma, ele era o foco central da história. O fechamento da trama para a personagem principal ficou muito mais amarrado e condizente com a proposta do livro, foi muito mais profundo. O do Gavin foi risível.


Por: Bianca Nunes

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O filme A Mulher na Janela é tão mediano quanto o livro

Cenapop · A Mulher na Janela: crítica do suspense da Netflix baseado em  best-seller

O Thriller “A Mulher na Janela” deixou a deseja em tantos pontos quanto o livro. A trama inspirada no livro de A. J Finn tem uma real similaridade com “Janela Indiscreta” (1954) de Alfred Hitchcock. O filme foi dirigido por Joe Wright (“O Destino de uma Nação”) e possui no elenco grandes nomes como Amy Adams, Gary Oldman e Julianne Moore. Contudo, o projeto logo quando passou pela crítica, recebeu fortes reações negativas e por conta disso foi refilmado. O que não ajudou exatamente o longa metragem, porque a história continuou no mínimo mediana e com um desenrolar medíocre, ainda mais no final.

A Mulher na Janela: Crítica do filme da Netflix

“A Mulher na Janela” narra a história de Anna Fox, uma psicóloga que por conta do de um trauma desenvolveu agorafobia e há 10 meses não sai de casa. Seus dias são resumidos a assistir filmes antigos e consumir muitas medicações, aliadas ao vinho. Além disso, como não sai à rua, ama usar sua câmera de longo alcance para xeretar a vida dos outros. Quando conhece os novos vizinhos, os Russels, após passar uma noite magnífica com Jane, sua nova vizinha, Anna, dias depois, se depara com a sua amiga sendo assassinada na casa ao lado.

O livro e o filme não se distanciam muito, apesar do livro ser melhor elaborado, tendo uma construção de personagem muito mais profunda, a um ponto que você se afeiçoa a Anna e confia nos pensamentos dela, apesar dos medicamentos e da bebida, é difícil não acreditar. Enquanto no filme, a construção é muito rasa e a todo momento a própria trama desconfia da personagem principal, a coloca como uma completa maluca, como se seus pensamentos e convicções não tivesse a menor validade por causa do seu histórico.

Sem contar que o longa suprimiu uma parte importante da vida de Anna, que é o grupo de apoio que ela participa na internet, ajudando pessoas que estão passando com problemas psicológicos tanto quanto ela. É um pedaço importante da história porque mostra ao leitor que a personagem principal, apesar dos problemas, não é nenhuma lunática. O livro nos mostra isso deixando bem claro que ela tem discernimento ao explicar como ela ajuda o próximo. E no filme essa parte não teve, a todo momento Anna Fox foi considerada uma pessoa surtada e zero digna de credibilidade.

A Mulher na Janela: Filme com Amy Adams pode estrear na Netflix - Notícias  de cinema - AdoroCinema

Um ponto positivo para filme foi ter conseguido organizar a escrita confusa de A. J. Finn, por conta do amontoado de remédios e de todos os pensamentos desconexos que Anna tem, a narrativa fica no mínimo confusa e arrastada. Mesmo que tenham conseguido colocar nas telonas, não significa que o filme, com somente 1h40min também não tenha sido no levemente arrastado. Não houveram partes cativantes, que te prendessem na frente da TV.

E o final é o ápice do trágico, por que toda aquela gritaria? No segundo ato da trama, quando o telespectador descobre o que está ocorrendo, o filme deixa de ser um Thriller Psicológico e assume um papel de filme de psicopata, com o vilão fazendo todo aquele discurso de vilão chato. Ás vezes os longas deveriam apenas mostrar o que querem dizer, ao invés de colocar um personagem para explicar toda a história em 5 minutos, em um discurso cansativo.

Por derradeiro, “A Mulher na Janela” possuí uma boa história com um excelente elenco, mas todo o material foi, completamente, mal utilizado, tornando o longa um verdadeiro fiasco e que não faz o mínimo de jus com a história criada por A. J Finn, que já não era exatamente original, mas foi bem construída com muitas nuances que o filme cortou.

Assista ao trailer


Por: Bianca Nunes

Conheça o livro A Mulher na Janela: um suspense morno, lento e confuso

O Sol É Para Todos é um livro sem defeitos, um clássico digno de ser clássico

O Sol é Para Todos, de Harper Lee, é um clássico e é completamente atemporal. Os assuntos abordados neste livro são todos tão atuais, que não espantaria ninguém se tivesse sido escrito em 2021. Mas, na verdade, já foi traduzido para diversos idiomas desde 1960, o ano de seu lançamento.

“Maycomb era uma cidade antiga, mas quando a conheci, era antiga e decadente. Quando chovia, as ruas viravam um lamaçal vermelho; o mato crescia nas calçadas e o tribunal parecia afundar no meio da praça. De alguma maneira, fazia mais calor; num dia de verão, os cachorros pretos penavam, mulas ossudas atreladas a carroças abanavam o rabo para espantar as moscas na sombra escaldante dos carvalhos da praça. Às nove da manhã, o colarinho duro dos homens já estava mole. As mulheres tomavam um banho antes do meio-dia e outro depois da sesta das três da tarde; mesmo assim, ao anoitecer pareciam aqueles bolinhos que costumavam ser servidos nos chás com cobertura de suor e talco perfumado.”

Editora: José Olympio

A história é contada pelo ponto de vista de Jean Louise (Scout), uma criança de 6 anos de idade que mora com o pai, Atticus Finch, o irmão mais velho, Jem, e a governanta na cidadezinha fictícia de Maycomb, ambientada no interior do Alabama dos anos 30.

Nessa época, a cidade era divida em duas partes, onde de um lado moravam as pessoas brancas com uma condição razoável de vida e do outro lado as pessoas negras, que eram extremamente pobres.

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A primeira parte da história será, quase completamente, voltada para o misterioso Arthur Radley (Boo), um homem solitário, que carrega consigo uma história de assassinato e todo o drama é mais alimentado porque quase ninguém nunca o viu, mesmo os moradores mais antigos. Esse mistério todo apenas aumenta a curiosidade dos irmãos Finch e de seu amigo Dill e, por isso, as crianças passam boa parte dos verões fantasiando sobre o que há dentro da casa, o que aconteceu e quem é Arthur. Apesar deles terem infernizado a vida do homem, as histórias causavam medo demais para que ultrapassem o limite.

A segunda parte do livro irá tratar sobre a história de Tom Robinson, um homem negro acusado de ter estuprado Mayella Ewell, uma mulher branca. Atticus Finch é escolhido para defender Tom, o que, obviamente, repercutiu de forma negativa em Maycomb. E, a partir desse momento, Scoutt passa a narrar todo o preconceito sofrido por ela e a família, pelo simples fato do pai estar defendendo uma pessoa negra.

Quando a narrativa adentra no tribunal, a história fica muito mais dinâmica do que anteriormente e o leitor começa a perceber de fato o contraste social e o preconceito no Sul dos Estados Unidos. Mesmo o homem sendo acusado injustamente, as críticas em cima da família principal não diminuem, porque não importa o que houve, tudo o que focam é o fato de que uma pessoa da cidade deles está defendendo um homem negro.

O Sol É Para Todos faz o leitor trilhar um caminho angustiante, porque é evidente que não importa o que Atticus faça, não importa se a defesa dele foi brilhante, o júri está corrompido pelo clamor público e não consegue enxergar o ser humano a sua frente, não conseguem desvincular os fatos da cor do réu. O final é extremamente pessimista, mas reflete a nossa atual realidade, e acredito que isso o torne clássico, porque mesmo depois de anos, continua sendo muito atual.


Por: Bianca Nunes

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Funcionalidades do Kindle que talvez você não saiba que existem

Nós já falamos bastante aqui sobre as vantagens de se ter um Kindle, mas e quanto as suas funcionalidades? Separamos 4 delas, não muito conhecidas ,que deixarão você ainda mais apaixonado(a) por esse leitor digital.

Kindle tira print

Posicione seus dedos nas bordas da tela que são opostas e na diagonal e clique ao mesmo tempo. O print ficará numa pasta interna do Kindle, portanto será necessário o acesso USB para resgatar o print.

Revisar as palavras marcadas em outras línguas

Quando estiver lendo um livro em outro idioma e marcar as palavras que não conhece, o Kindle criará automaticamente uma página com todas as palavras marcadas. Ao final da página terá a opção Flashcard, que irá funcionar bem para caso queira revisar as palavras que marcou e o Kindle utilizará da frase do próprio ebook da onde foi tirada a palavra para te ensiná-la.

Criar notas e enviar para o email cadastrado na amazon

Quando sublinhar algo no texto e caso ao final do livro queira um acesso mais rápido a essas notas, você precisará abrir o ebook, abrir a parte onde aparece todas as notas e ao final da página terá Exportar Notas. Todas as anotação e grifos irão para o seu email em formato PDF.

OBS: Após alguns testes, para livros enviados para o kindle por email ou USB essa opção não é válida!

Verificar as notas através de um site na internet

Caso queira um acesso mais rápido as notas de todos os seus livros acesse o site aqui.

OBS: Não funciona para livros enviados para o Kindle através do email ou USB!

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Conheça também 4 motivos para se ter Kindle


Por: Bianca Nunes