Resenha – Objetos Cortantes

Nota: 5/5

Objetos Cortantes foi a primeira obra escrita por Gillian Flynn, hoje conhecida pelo livro Garota Exemplar. Publicado em 2006, a autora traz uma história bizarra situada no Missouri, onde ela viveu sua infância.

Camille Preaker é uma aspirante a jornalística que há tempos espera por uma grande reportagem. Seu chefe Frank Curry decide enviá-la para a cidade onde ela nasceu, Wind Gap, para escrever sobre o assassinato de uma menina de 13 anos Ann Nash e o desaparecimento de Natalie Keene. A polícia acredita se tratar de um assassinato em série e Curry acha que essa é a chance de Camille finalmente se destacar.

Editora: Intrínseca, 2015.

Porém, Wind Gap carrega memórias difíceis que Camille ainda não digeriu por completo. Quando criança, sua irmã Marian faleceu. Sua mãe, Adora, nunca a amou e sempre a maltratou. Foi nesta cidade que a personagem principal começou a se automutilar, escrevendo palavras por todo o corpo. Para investigar o caso, Camille precisa enfrentar também sua família e todas as lembranças ruins que ela tem da cidade.

Gillian Flynn sabe te prender até os capítulos finais. Seu jeito de contar um suspense é direto, não enrola o leitor. Já na metade do livro ela começa a te dar a reviravolta, mas mesmo assim encontra outros meios para te surpreender.

O livro traz a visão de uma cidade do interior machista, injusta e que alimenta a prática de bullying entre os jovens. Objetos Cortantes também denuncia a perda precoce da inocência nesses lugares, a iniciação cedo demais da vida sexual e a falta de informação sobre o que é ou não abuso sexual. A obra vira o leitor de ponta a cabeça e assusta até o último parágrafo.

“Algumas vezes se você deixa as pessoas fazerem coisas a você, na verdade você está fazendo a elas.”

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