Resenha – As Crônicas de Nárnia (Parte 1)

Nesta parte: O sobrinho do mago; O leão, a Feiticeira e o guarda-roupa; e O cavalo e seu menino.

C. S. Lewis aborda fantasia e cristianismo em As Crônicas de Nárnia.

Editora MartinsFontes

Clive Staples Lewis, nascido na Irlanda em 1898, fez parte do clube informal de escritores chamado Inklings. Nele também estava o seu amigo, J. R. R. Tolkien, o grande gênio por trás de O Senhor dos Anéis e outras obras de fantasia medieval.

Lewis, com sua paixão desde a infância por mitos e lendas antigas, escreveu O leão, a feiticeira, e o guarda-roupa, obra que até hoje é reconhecida e admirada por todos. Anos depois, seis livros se juntaram a esse e formaram As Crônicas de Nárnia. A edição vendida atualmente segue a ordem de escolha do Autor. A resenha também seguirá essa sequência.

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O sobrinho do mago (de 1955)

De início, parece se tratar apenas de duas crianças, Polly e Digory, que se aventuram em outros mundos. Porém, no meio do livro, você toma consciência de que esta é a história do surgimento de Nárnia.

Com a mãe de Digory extremamente doente, os dois se mudam para a casa dos tios do menino. Em Londres, ele conhece Polly, que adora uma aventura, e ambos acabam se metendo em uma grande furada. Aparecendo sem querer em um quarto secreto, o tio de Digory, André, força as duas crianças a usarem anéis que prometem ser mágicos e que os teletransportaram para outro mundo. Esse é ponto de partida do primeiro livro das crônicas. Nele você descobre a origem da Feiticeira Branca, de Charn. A criação de Nárnia é ponto mais alto do livro, com grandes referências bíblicas.

É nesse primeiro momento que você entende a inspiração do autor. Ele não somente escolheu situar sua narrativa em lugares com magos, feiticeiras, faunos, e entre outros. Lewis se utiliza do próprio gênesis como fonte de sua obra para a criação de Nárnia. Aslam vem depois como filho de Deus enviado àquela terra. Ele refere a Digory como o filho de Adão e Polly como a filha de Eva. Já a feiticeira, a rainha Jadis, é a filha de Lilith.

O leão, a feiticeira e o guarda-roupa (de 1950)

Com um pequeno salto temporal, o leitor é levado aos anos 40, cenário da Segunda Guerra Mundial. Para fugir dos ataques aéreos em Londres, a mãe de Pedro, de Susana, de Lúcia e de Edmundo os obriga a morar por um tempo na casa de um professor, na região rural da Inglaterra.

Entediados, os quatro irmãos decidem brincar de pique esconde pela casa. Daí vem a clássica cena que muitos conhecem. A irmã mais nova, Lúcia, entra em um quarto e vê um grande guarda-roupa, e decide entrar para se esconder. Porém, ela logo percebe que não consegue chegar ao fundo do armário. Lúcia, assim, descobre o mundo de Nárnia. De início seus irmãos acham que a menina imaginou tudo que viu, mas logo entram no armário e descobrem esse lugar peculiar.

Entediados, os quatro irmãos decidem brincar de pique esconde pela casa. Daí vem a clássica cena que muitos conhecem. A irmã mais nova, Lúcia, entra em um quarto e vê um grande guarda-roupa, e decide entra para se esconder. Porém, ela logo percebe que não consegue chegar ao fundo do armário. Lúcia, assim, descobre o mundo de Nárnia. De início seus irmãos acham que a menina imaginou tudo que viu, mas logo entram no armário e descobrem esse lugar peculiar.

Nesse segundo livro, Nárnia está sofrendo as consequências de Digory em ter trazido a feiticeira branca para aquela terra que a princípio era pura e sagrada. A feiticeira reina em Nárnia, Aslam desapareceu, e o lugar que antes era cheio de vida, com flores, árvores e lagos, tem suas águas e a sua natureza congelada. A partir desse contexto é que começa a aventura dos quatro irmãos, envolvendo traição, perdão, fé e magia.

Novamente questões cristãs entram na narrativa de todo o livro. Percebemos que o autor sempre tenta relatar como seus personagens se sentem na presença de Aslam, como a felicidade os invade instantaneamente. Fazendo uma analogia, Lewis retrata a sensação do Espírito Santo que os cristãos presenciam.

O leão, a feiticeira e o guarda-roupa mostra a primeira guerra contra o mal que Nárnia precisa enfrentar e a tentação de se desviar do lado do bem. Como em muitos clássicos da literatura infantil, Lewis enfatiza a importância da amizade e da união.

O cavalo e seu menino (de 1954)

Neste livro Lewis expande suas ideias. Se antes achávamos que Nárnia era um mundo, nele descobrimos que ela não passa de um país que está dentro de uma terra diferente da nossa. Para demonstrar isso, o autor traz Shasta, que vive na Carlomânia, ao sul de Arquelândia, ambos separados por um grande deserto. O país, que é um grande inimigo de Arquelândia e Nárnia, possui um forte exército que triunfa em suas conquistas por terras e lutas contra rebeldes. Esse território se assemelha aos países árabes islâmicos que existem na Terra, sendo possível observar uma tentativa de C. S. Lewis em criticar a religião islâmica.

O livro se passa durante o reinado dos quatro irmãos citados em O leão, a feiticeira e o guarda-roupa. O jovem Shasta, escravo de seu falso pai, conhece o cavalo Bri. Bri é narniano, ou seja, ele fala, e começa a tentar convencer o menino a fugirem juntos para Nárnia. Feito isso, ambos conhecem Aravis e a égua, também narniana, Huim. Durante a fuga, aparecem Lúcia e Edmundo. No meio disso, Aravis descobre que o príncipe de Carlomânia tem intenções de invadir Nárnia através de Arquelândia.

Diferente dos outros dois livros anteriormente citados, O cavalo e seu menino carrega momentos de luta mais sérios, mas ainda não perde a característica infanto-juvenil. A obra não é tão focada na linguagem religiosa, só ao final do livro que é abordado de uma forma bem sucinta. É triste saber que o livro não teve sua adaptação para o cinema.

“- O fruto sempre age, filho, mas não age no sentido da felicidade para aqueles que o arrancam em causa própria.”


Em breve a Parte 2 da resenha de As Crônicas de Nárnia.

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